Um intestino saudável reflete em toda a saúde corporal. Ele deve possuir um bom equilíbrio entre bactérias e células da mucosa intestinal bem nutridas. Isto porque, o intestino é considerado o segundo maior sistema nervoso do corpo humano e nele são produzidos hormônios que regulam o metabolismo, podendo interferir na absorção de nutrientes, na quantidade de açúcar no sangue e até na sensação de saciedade. Além disso, nele estão mais de 70% das células de defesa do nosso corpo.
De acordo com o Dr. Flávio Quilici, médico gastroenterologista e coloproctologista, a alimentação saudável é de extrema importância para a saúde deste órgão. “Incluir alimentos probióticos, ‘as bactérias do bem’, no cardápio pode estimular o crescimento de microrganismos benéficos com consequente melhoria da saúde do organismo”, explica.
Fatores de problemas gastrointestinais nas mulheres
Intestino Saudável Dr. Flávio afirma que os problemas de intestino são quatro vezes mais frequentes nas mulheres do que nos homens. Isso se deve também a fatores psicológicos, emocionais, sociais e culturais. Outro fator é a criação diferenciada concedida às meninas ainda na infância.
Enquanto ainda criança, a mulher é orientada a não usar banheiros públicos, pois são sujos, e a usar apenas o de casa. Também é orientada a não sentar na privada, porque pode pegar uma doença. Assim, de acordo com o gastroenterologista, a mulher não se sente confortável no banheiro, pois foi ensinada que fezes são sujas, que este é um ato ruim, que não pode soltar gases etc.
“Esses fatores vão inibindo a evacuação da criança, que vai acostumando a evacuar apenas em casa. Os fatores educativos e culturais, portanto, são preponderantes no sentido de bloquear a vontade de ir ao banheiro, principalmente no caso das mulheres”, detalha.
Sintomas e dicas de cuidados
Os problemas gastrointestinais mais comuns são gases, inchaço, sensação de peso abdominal e constipação. Para prevenir ou tratar estes problemas os principais cuidados são:
- Manter uma alimentação saudável, rica em fibras, iogurtes e leites fermentados com probióticos (microrganismos vivos conhecidos como as “bactérias do bem”) do tipo bifidobactérias;
- Comer devagar, mastigando bem os alimentos, fazendo as refeições regulares (café da manhã, almoço e jantar);
- Evitar a ingestão, em excesso, de massas com farinhas refinadas, batata e chocolate;
- Beber líquidos (água e sucos naturais) na quantidade mínima de dois litros diários;
- Ir ao banheiro sempre que tiver vontade, caso contrário, as fezes poderão ficar secas, endurecidas e difíceis de serem eliminadas;
- Evitar o uso de laxantes, em especial os catárticos, e quando forem necessários, só utilizá-los com orientação médica;
- Fazer exercícios regulares, no mínimo três vezes por semana, tais como, caminhar, pedalar e nadar.
Fonte: mulhercomsaude