Toda forma de tratamento deverá ser planejada por um médico, que acompanha o caso. Aqui descreveremos apenas as formas de tratamento usuais sem indicar ou recomendar, porque cada caso é particular, sendo assim, respeitamos cada paciente e seu médico. Atualmente com o avanço da medicina, o tratamento de casos de câncer de mama (Neoplasia Maligna) tornou-se um tratamento por equipe multidisciplinar, pois ajudarão a este paciente, profissionais de diferentes especialidades como: mastologista, oncologista, cirurgião plástico, patologista, radioterapeuta, fisioterapeuta, psicólogos, assistentes sociais.
A Cirurgia – Mastectomia é a retirada total do seio e dos linfonodos regionais (debaixo da axila perto do seio afetado) devido à avaliação medica em seu comprometimento ou risco com o tumor.
Pode ser também uma cirurgia do quadrante da mama “quadrantectomia”, retira-se somente a parte afetada, com uma margem de segurança, isto é, onde localiza-se o tumor e faz-se o esvaziamento cirúrgico da axila (linfonodos regionais).
O que apresenta bons resultados de sobrevida e garante um melhor efeito estético.
Pesquisa do Linfonodo Sentinela – A abordagem do linfonodo sentinela é outro destaque recente no tratamento atual do câncer da mama. Consiste na identificação com o uso de corante ou de marcador radioativo do primeiro linfonodo(s) que recebe(m) a drenagem linfática da mama. Uma vez identificado e retirado cirurgicamente, esse linfonodo (gânglio) é enviado para estudo anátomo patológico. Caso o mesmo esteja livre de comprometido por doença, não há indicação de retirada dos demais linfonodos presentes na axila.
Este tipo de abordagem tem grande valor nos casos diagnosticados precocemente, onde o índice esperado de comprometimento dos linfonodos axilares é pequeno. Sendo assim, é possível evitar uma cirurgia mais radical diminuindo o risco de complicações ou seqüelas para a paciente.
Quimioterapia – É a utilização de componentes químicos que agem diminuindo a multiplicação celular detendo a expansão do tumor. Estes compostos afetam também as células normais e em maior grau e eficiência as células malignas.
Radioterapia – Aplicação de radiação ionizante para destruição das células tumorais. Pode ser local ou regionalmente, indicado exclusivamente ou associado a outros métodos de tratamento.
Cirurgia conservadora com radioterapia intra-operatória (IORT) – Representa em nossos dias um dos maiores avanços no tratamento do câncer da mama. O procedimento consiste na retirada do tumor com margem de segurança e no mesmo tempo cirúrgico a aplicação da radioterapia no leito tumoral. O tempo da aplicação é de cerca de dez minutos, sendo a dose aplicada equivalente ao tratamento padrão de cinco semanas. Por se tratar de uma nova modalidade de tratamento há ainda necessidade de maior seguimento para validação dos resultados. Porém, este parece ser um método promissor de irradiação para pacientes tratadas com cirurgia conservadora, evitando assim longos períodos de radioterapia no pós-operatório, fato bastante difícil para muitos pacientes.
Hormonioterapia – Consiste na utilização de hormônios para impedir o crescimento de células tumorais.
Imunoterpia – Utilização de substâncias que modificadoras das respostas imunológicas do organismo.
O pré-operatório inclui realização de vários exames, conhecidos como risco cirúrgico (hemograma, glicemia de jejum, coagulação sanguínea, eletrocardiograma, RX de tórax, entre outros) para se certificar das boas condições para anestesia e para a própria cirurgia.No pós-operatório, alguns cuidados serão necessários para a limpeza e higienização do local da operação. O seu médico dará todas as orientações sobre como proceder e a rotina da limpeza vai ser uma tarefa bastante simples.
Essa cirurgia pode exigir que o paciente mantenha por algum tempo no corpo um dreno para a eliminação dos fluidos que naturalmente são produzidos pelo organismo. Se a cirurgia é extensa, é utilizado um dreno a vácuo, que tem a forma de uma sanfona. No dreno a vácuo vem acoplada uma pequena bolsa que precisa ser retirada a cada 24 horas, esvaziada e lavada apenas com água. Já as cirurgias de pequena extensão utilizam um dreno simples e o local fica protegido com o uso de curativo simples feito de gaze e esparadrapo antialérgico.
Qualquer que seja o dreno utilizado, a região operada deve ser lavada com água e sabonete diariamente. O curativo também deve ser trocado diariamente.
A secreção eliminada pelo dreno deve ser observada pelo paciente. Quando se usa a bolsinha, a secreção deve ser medida antes do esvaziamento e os dados, anotados, devem ser levados ao médico na próxima consulta. Nas pequenas cirurgias, é necessário observar a quantidade de líquido eliminado. Se a quantidade de sangue for muito grande, ao ponto de encharcar o curativo várias vezes ao dia, a paciente deve se comunicar com o médico.
Em geral, o período até a retirada do dreno, que é feita pelo médico, transcorre sem problemas. O importante é estar atento a quantidade de líquido eliminado se não é muito grande, à presença de mau cheiro intenso no liquido, na eventual ocorrência de dores muito fortes ou febre. Na ocorrência de algum tipo de problema, a paciente deve comunicar-se com o médico.
É comum, a paciente se queixar de dor na região do corte. Essa dor é tolerável e pode ser eliminada com medicamentos contra dor, indicados pelo seu médico.