Amamentação reduz riscos de asma na infância

Um estudo publicado na versão online do European Respiratory Journal revelou que bebês alimentados exclusivamente com leite materno durante pelo menos seis meses têm menos chances de desenvolver os sintomas da asma na infância. A análise foi liderada por pesquisadores da Erasmus Medical Center, na Holanda.

A pesquisa contou com informações sobre a alimentação de mais de cinco mil crianças no primeiro ano de vida. Suas famílias foram questionadas sobre o tempo de amamentação de cada uma delas e se outros alimentos fizeram parte de suas dietas nesse período. Em seguida, foram coletados dados sobre a saúde de cada um dos participantes até que eles completassem quatro anos.

Os resultados mostraram que três grupos de crianças eram mais propensos a apresentar chiados no peito e catarro persistente, sintomas típicos da asma: as crianças que nunca tinham sido amamentadas; as que receberam leite materno, mas por um período inferior aos seis primeiros meses de vida, e as que também ingeriram outros tipos de leite e alimentos sólidos durante os cinco primeiros meses de vida.

Todas essas crianças apresentaram uma probabilidade maior de apresentar chiados no peito, falta de ar, tosse seca e catarro persistente até os quatro anos de vida. A asma é uma doença respiratória decorrente da contínua exposição do alérgico ao objeto causador de suas crises com ausência de tratamento. Quanto mais cedo for diagnosticada, maiores as chances de a pessoa levar uma vida completamente normal.

Amamentação fortalece pulmões dos bebês

Apesar dos alertas emitidos por pediatras, muitas mães ainda insistem em evitar dar o seio ou diminuir o tempo de amamentação por fins estéticos. Porém, um novo estudo reforça a lista dos benefícios deste gesto. Agora, é a vez dos pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra e das Universidades do Estado de Michigan e Carolina do Sul, nos Estados Unidos, comprovarem que amamentar é fundamental para o crescimento e fortalecimento dos pulmões das crianças.

A pesquisa contou com a participação de 1.456 bebês residentes na Inglaterra que foram acompanhados até os 10 meses de idade. A conclusão foi que aqueles que haviam sido amamentados por, pelo menos, quatro meses tinham um funcionamento melhor do pulmão, quando comparados com aqueles que tiveram a mamadeira como principal opção.

Neste caso, foi nítido que os bebês podiam expirar mais ar de maneira mais rápida depois de inspirar profundamente. Assim, pode ser constatado que é necessário um esforço físico três vezes maior para extrair leite do peito, quando comparado a mamadeira.

E, para quem ainda desconhece todos os poderes da amamentação, a fonoaudióloga Solange Dormann ainda ressalta que o ato também auxilia no desenvolvimento da mastigação, da respiração e a falar corretamente. Isso porque o exercício que os lábios, a língua, as bochechas, os ossos e os músculos da face realizam durante a sucção é fundamental para o desenvolvimento harmônico dessas estruturas, enfatiza a profissional.

Fonte: Site Minha Vida