Câncer de Mama: Informações Importantes

  • Nos homens – O câncer de mama é muito mais freqüente em mulheres do que em homens, sendo estimado um caso masculino para cem femininos.
  • Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e tendo um parente de primeiro grau, como o pai, irmão ou filho, com este diagnóstico o que eleva o risco familiar para o câncer de mama.
  • O câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama.
  • O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum nas mulheres e é o segundo tipo de câncer em relação a todos os tumores, só perdendo para o câncer de pulmão. Mesmo quando o diagnóstico não é tão precoce, novas terapias possibilitam viver com o câncer de mama com boa qualidade de vida.
  • O risco de uma mulher desenvolver câncer de mama aumenta com a idade, de forma que de 3 em cada 4 casos acontece em mulheres acima dos 50 anos de idade.
  • Atualmente, no Brasil, o câncer de mama é o principal responsável pela morte de pessoas do sexo feminino, correspondendo a 15% das mortes por câncer entre as mulheres.
  • Bebida e o câncer de mama – Ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida alcoólica é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter este câncer. Tomar menos de uma dose de bebida alcoólica por dia ajuda a prevenir este tipo de câncer (um cálice de vinho, uma garrafa pequena de cerveja ou uma dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida alcoólica). Se beber, portanto, tomar menos que uma dose por dia.
  • Os exercícios físicos normalmente diminuem as quantidades de hormônios femininos circulantes. Como este tipo de tumor está associado aos hormônios femininos, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens.
  • Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama, por que, quando o bebe faz a sucção nos mamilos é estimulado o hipotálamo que faz secretar o fator liberador da prolactina mantendo seus níveis altos e, por conseguinte a produção de leite e também atividade mamária.
  • O leite só começa a ser produzido após o primeiro dia do nascimento até então haverá a secreção e a liberação do colostro, um líquido aquoso de cor amarelada, rico em anticorpos da mãe.
  • As mulheres, a que se suspeitam ser do grupo de risco, deve conversar com o seu médico para definir a necessidade de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes na família. Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para diminuir estes riscos.
  • Ao contrário do que é dito popularmente, a maioria dos cânceres de mama não são familiares ou hereditários, esses representam apenas 5 a 20% dos casos. A hereditariedade desempenha um papel muito mais relevante nos casos de doenças cardíacas, psiquiátricas, auto-imunes e reumáticas do que no câncer.
  • Os estudos indicam que os fatores ambientais são responsáveis por pelo menos 80 % dos casos de câncer de mama.

As principais formas de câncer de mama em mulheres são proporcionalmente:

  • Carcinoma Ductal Invasivo – (70% dos casos);
  • Carcinoma Lobular Invasivo – (10% dos casos);
  • Carcinomas Tubular, Mucinoso e Medular – (12 % dos casos);
  • Carcinoma inflamatório (1 a 4 % dos casos);
  • Doença de Paget – (1 % dos casos).

Um tipo raro de tumor – a doença de Paget.

Alguma coisa tem se falado, sobre a doença de Paget, uma modalidade rara de câncer de mama.

São dois tipos de doença batizados com esse nome: a doença Paget dos ossos, em que ocorrem fenômenos destrutivos e reparadores que podem causar deformidades e fraturas, e a doença de Paget da mama.

Caracteriza se por um tipo de lesão na aréola. Os sintomas iniciais precisam ser diagnosticados corretamente, pois são de fácil confusão com uma alergia, pois causam vermelhidão e coceira constantes no local. Fatores externos como: cremes, perfumes, sabonetes e até mesmo o tecido dos sutiãs podem causar alergias. Nestes casos, o uso indicado de pomadas com corticóides pode resolver. Mas persistindo os sintomas é necessário fazer uma avaliação mais precisa e só um médica poderá identificar a origem do problema.

Inicialmente, esse câncer se localiza apenas na pele da região da auréola mamilar. É mais comum após os 40-45 anos e também após os 65-70 anos, a doença de Paget se manifesta inicialmente um quadro muito semelhante ao de eczema na região mamilar e a coceira pode evoluir para pequenas ferida que não cicatrizam.

Em estágio mais avançado, a doença de Paget, são freqüentes as feridas (como pequenas espinhas) que se espalham não só no bico do seio, mas também na aréola. As dores, secreção, além de intenso desconforto, são sintomas regulares. Curiosamente este tipo de câncer costuma atingir apenas uma das mamas.

A suspeita da presença da doença deve aumentar especialmente se a “coceira ou irritação” acometer apenas um dos lados, e pontualmente se não desaparecer em curto espaço de tempo com as medicações usadas habitualmente para as dermatites alérgicas.

Após a avaliação médica, poderá ser indicada a realização de biopsia para confirmar (ou não) o diagnóstico. Para auxiliar o diagnóstico complementar, a mamografia entra em cena como aliada na fase mais avançada da doença, ajudando a detectar lesões na parte interna da mama, que nem sempre são descobertas no exame clínico.

A preocupação imediata de mais de 80% dos pacientes que conseguem atingir a cura da neoplasia envolve aspectos sexuais e reprodutivos. O relacionamento sexual e a capacidade de gerar seus próprios filhos, seja por métodos naturais ou por reprodução assistida, estimula a valorização do próprio paciente, propicia a comunicação e a interação familiar, ajudando-o a reintegrar-se à sociedade.

Investigação a predisposição genética – Em geral, um indício é a ocorrência de pelo menos dois ou três casos de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos na mesma família. Então, se a mulher tem história de mãe, tia ou prima que desenvolveram câncer de mama ainda jovens, pode ser que faça parte de uma família com mutação genética e deve procurar um laboratório credenciado para realizar esses exames.

Fonte: Fundação Laço Rosa