Quanto antes a descoberta do tipo de tumor, melhor para a paciente. Conforme já sabido, o diagnóstico precoce auxilia no tipo de tratamento, para saber quanto tempo de tratamento poderá ser necessário, ou melhor, qual o planejamento de ação acerca do seu caso — intervenção cirúrgica, quimioterapia, radioterapia. Algumas vezes esse tratamento tem que ser radical — no caso, a retirada da mama (mastectomia) por prevenção ou pelo tempo decorrido –, outras vezes, somente o tratamento de rádio ou quimioterápico é suficiente para chegar à cura.
O autoexame, na verdade, é o início de tudo, pois a percepção do seu corpo é que vai determinar a suspeição de um nódulo ou tumor no seu seio.
Procurar um médico e fazer os exames clínicos periódicos é o correto, porque no caso de dúvida este recorrerá a exames mais específicos.
Os procedimentos básicos no rastreamento e no diagnóstico do câncer de mama são:
- O autoexame das mamas: que é um método de diagnóstico pelo qual a própria mulher faz um exame visual e de palpação na mama em frente a um espelho. Este exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês a qualquer tempo.
- Exame clínico das mamas: Exame feito por um médico ou auxiliar de saúde treinado. Através da palpação acham-se os nódulos da mama. Verificando tamanho, textura, mobilidade ou fixação, o médico poderá perceber se é um nódulo benigno ou maligno.
- Mamografia: É um exame realizado através de um aparelho de raios X desenvolvido especialmente para este fim. Esse aparelho é formado por duas placas, entre as quais a mulher deve colocar seu seio para que se faça o exame. Essas placas irão achatar levemente as mamas por alguns segundos. Essa compressão é requisito essencial para a obtenção de resultados precisos; portanto, é interessante evitar o período anterior ao da menstruação, pois as mamas ficam inchadas e doloridas, o que poderá causar incômodo durante o exame. Recomenda-se que o exame seja realizado na semana seguinte ao final da menstruação.
- A mamografia vem sendo o melhor meio para se diagnosticar o câncer de mama, devido à capacidade de detectar o tumor antes mesmo que ele se torne palpável. Quando o diagnóstico é feito dessa forma, ainda no início da formação do tumor, as chances de cura são muito maiores, descartando a necessidade de retirada da mama para o tratamento. Apesar de ser um método eficaz, a mamografia não descarta o exame clínico feito pelo ginecologista ou mastologista, já que alguns nódulos, apesar de palpáveis, não são detectados pela mamografia.
Os procedimentos auxiliares ao diagnóstico são:
- Ultrassonografia: Utilização de ondas de alta freqüência para demonstrar se um nódulo é sólido ou se está preenchido com líquido. É um exame complementar à mamografia.
- Core Biopsia: É uma biopsia de mama feita com anestesia local onde introduz-se uma micro agulha que é guiada através de ultrassom e retira-se uma pequenos fragmentos do tecido da mama . Para cada fragmento, é necessária uma punção e após a retirada do material que o especialista que estiver conduzindo o exame achar necessário, este, vai para analise com um médico anatomo patológico para se obter o diagnostico.
- Exame citológico: Uma das técnicas mais comuns de coleta de material citológico da mama é a punção aspirativa do tumor com agulha fina e a coleta direta do material de descargas papilar que resultarão na observação e no estudo das células da mama que apresentam alterações ao microscópio.
- Exame histopatológico (biópsia): O tipo de biópsia varia de acordo com a quantidade e a qualidade do tecido a ser estudado. Pode-se fazer uma biópsia por aspiração com uma agulha fina, com uma agulha mais grossa ou ainda uma pequena cirurgia para retirar toda a massa ou nódulo para que possa ser estudado. Um fragmento do tecido é examinado, avaliando-se então toda a sua composição. O exame histopatológico é mais preciso que o exame citológico por permitir afirmar com certeza a natureza de uma lesão. O fato de se fazer uma biópsia não significa ter câncer de mama.
- Exame anatomopatológico: É a avaliação microscópica do material; é o exame que confirma se é câncer ou não.
Fonte: Fundação Laço Rosa