O estresse do cotidiano pode ser potencializado pela má alimentação. Em contrapartida, uma mudança nos hábitos e no cardápio tem potencial para proporcionar mais calma.
“O estresse pode ser combatido por meio de uma associação de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, atividades físicas e uma boa noite de sono”, afirma Luciane de Cassia Nacamura, nutricionista da Apetit Serviços de Alimentação.
Segundo ela, comer de 3 em três horas e fazer as refeições em um ambiente calmo e próprio para isso também são importantes para afastar esse mal. Além disso, é válido evitar alguns alimentos que agem no aumento do estresse.
Exemplos citados por Luciane são os industrializados, processados, refrigerantes, bebidas alcoólicas, queijos amarelos, carboidratos refinados (como pães, bolos e massas com farinha branca), café, chás, refrigerantes e chocolates.
Para acertar nas quantidades ideais de cada comida, sem prejudicar a saúde, ela indica a procura de um nutricionista, profissional capaz de desenvolver a dieta conforme as necessidades do paciente.
Leguminosas
De acordo com Cassia, leguminosas como feijão e ervilha são itens bons no combate ao estresse por apresentarem bons níveis de triptofano. Esse aminoácido ajuda na formação da serotonina, substância que induz o sentimento de bem-estar e felicidade.
Cereais
Cereais como aveia e arroz integral também devem compor o cardápio de quem quer e precisa se livrar do estresse. Segundo a nutricionista, o benefício existe porque esses são “alimentos ricos em proteína magra, vitamina do complexo B, aminoácidos e vitaminas essenciais”.
Banana
Assim como as leguminosas, a banana é rica em triptofano, que ajuda na sensação de bem-estar, mas não é só isso. Ela também possui um tipo de proteína que é convertida em serotonina, no corpo, além de vitaminas do completo B e outros nutrientes, como o potássio.
Sementes oleaginosas
Castanha-do-Pará, castanha-de-caju e amêndoas são sementes oleaginosas indicadas pela especialista para lutar contra o estresse pela alimentação. Além de serem ricas em triptofano, também possuem boas quantidades de vitaminas do complexo B e magnésio.
Laticínios
Laticínios como leite, leite em pó e queijos brancos também têm bom potencial, segundo a nutricionista. Suas propriedades são parecidas com as dos alimentos já citados: triptofano, proteína magra, vitamina do complexo B, cálcio, aminoácidos e vitaminas essenciais.
Ovos
Considerados vilões no passado, os ovos podem ser benéficos também, já que possuem proteína, vitaminas e aminoácidos que estimulam a produção de serotonina no organismo, ocasionando a sensação positiva.
Carnes magras
As carnes de frango e peru são boas por carregarem boa quantidade de triptofano, de acordo com Cassia, além de apresentarem proteína magra, vitaminas e aminoácidos.
Já os peixes, como salmão e atum, apresentam outra vantagem: a riqueza em ômega 3. “Esses alimentos são importantes para melhorar o controle das emoções e do humor, reduzindo a ansiedade”, afirma.
Frutas ricas em vitamina C
As frutas que apresentam grandes quantidades de vitamina C são muito benéficas contra o estresse. Morango, laranja, acerola, goiaba e abacaxi são alguns exemplos. A nutricionista explica que esse nutriente presente nelas auxilia na redução do cansaço.
Alho
Esse tempero tem muitas utilidades e efeitos benéficos à saúde e um deles é o combate ao estresse. Isso porque possui vitaminas do complexo B, C e aminoácidos, além de outros nutrientes que limpam as toxinas que impulsionam o estresse.
Chocolate 70% cacau
Chocolate não é proibido para quem deseja reduzir os níveis de estresse, mas só vale comer o tipo amargo, com pelo menos 70% cacau.
A nutricionista afirma que seu potencial benéfico está no fato de esse doce ser antioxidante, nivelar a pressão arterial e melhorar a circulação sanguínea. Mesmo assim, a moderação é a chave. “O ideal é consumir em pequena quantidade uma vez por semana”, diz.
Fonte: Exame.com